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Provisório há décadas, o espaço no qual funciona a faculdade de Letras está cada vez mais deteriorado, o que não é novidade para ninguém. Um relatório de dezembro de 2004, feito por uma comissão externa, formada por professores de diversas unidades da USP, já apontava a necessidade de um "espaço mais adequado" para que os departamentos pudessem manter suas atividades e pôr em prática os planos de expansão dos cursos.
Turmas com mais de 100 alunos, quando o ideal deveria ser 40; banheiros caindo aos pedaços; professores enfurnados em cubículos, onde sequer cabem seus materiais. Estes são apenas os elementos que mais saltam aos nossos olhos quando circulamos pelo edifício. As salas super lotadas já são rotina há muito tempo, o que se agravou nos últimos anos, devido a uma queda no número de desistentes do primeiro para o segundo ano. Isso se deve, principalmente, a criação do Ciclo básico, obrigatório a todos os alunos, independente da habilitação que escolherem. Ou seja, aumentou-se o curso, sem aumentar o espaço. Resultado: estudantes assistindo aula do lado de fora, pessoas passando mal por causa do calor...
Os banheiros há tempos precisam de uma reforma. Com paredes descascando, descargas quebradas, chega-se ao cúmulo de, no banheiro feminino, não haver cobertura no teto! Os encanamentos ficam totalmente à mostra, num cenário realmente tenebroso. E nem falamos do espaço dos professores, ou poderíamos dizer "sarcófago dos professores", como alguns já observaram. Assim como o restante do prédio, o espaço destinado às salas dos docentes e seus respectivos departamentos mal possui saídas de incêndio - o que compromete a segurança de todos, como já apontou um relatório do corpo de bombeiros. E também se observa que o acesso a pessoas com deficiência física é precário.
A Comissão de Espaço da greve da Letras está fazendo um levantamento de toda a nossa caótica situação. Um dossiê está sendo elaborado para denunciar o estado do prédio, bem como levantar soluções para reforma ou construção de um edifício "mais adequado" às condições do curso. Essa é uma das principais pautas da nossa greve. A urgência de uma solução para a situação requer uma grande e constante mobilização por parte de todos nós, estudantes, professores e funcionários da Letras. Com ou sem greve, o importante é não perder o foco de que a luta por um prédio mais decente, é também a luta por um ensino de qualidade que forme, não apenas profissionais, mas seres críticos e políticos, capazes de interferir e transformar a grande construção deteriorada que é a nossa sociedade.
2 comentários:
Vocês podem postar algo sobre a reforma de grade? obrigada!
meu sonho é arrumarem os banheiros...
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